Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce

Foi assim que, em 14 de setembro do mesmo ano, chegou o primeiro grupo de seis missionários capuchinhos, chefiados pelo Reverendíssimo Padre Frei Fidélis de Montesano. Em 1842 chegaram mais 11, aumentando, a seguir, todos os anos, o número dos missionários que aportavam às nossas plagas.

Finalmente, pelo decreto n° 285 de 21 de junho de 1843, foi o Governo autorizado "a mandar vir da Itália missionários capuchinhos, distribuí-los pelas províncias em missões". No ano seguinte, outro Decreto (n° 373 de 30 de julho) "fixava as regras que se devem observar na distribuição pelas províncias dos missionários capuchinhos".(5) Nota do Autor

As divergências surgidas entre o Governo Imperial e a Santa Sé, pela publicação desses decretos calcados no espírito regalista da época e as longas discussões delas originadas não afetaram o desenvolvimento e o ritmo da constante chegada de missionários, sua distribuição pelo país e seus trabalhos apostólicos.

No relatório do Ministro do Império de maio de 1870, encontramos uma declaração na qual se diz que todas as dificuldades tinham sido aplainadas e havia então, no Brasil, 45 missionários capuchinhos espalhados em todo o território do Império.

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III - Qual a têmpera e o quilate desses homens de Deus e quais os seus trabalhos, no-lo diz, em documento oficial, o Ministro da Justiça, no Relatório apresentado em 1842, no qual transcreve as expressivas informações fornecidas pelos bispos. Desse importante documento transcrevo alguns trechos:

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