"Admiráveis têm sido, nas províncias do Maranhão, Pernambuco, Sergipe e entre os rios Tocantins e Araguaia, os frutos colhidos das missões de alguns poucos missionários Capuchinhos, que um dos meus predecessores mandou vir da Itália. É também admirável a constância e o fervor evangélico com que esses homens da paz penetram em nossos sertões, no meio das maiores provações e trabalhos, unicamente com o fim de converter homens perdidos para a religião e para a sociedade.
Os bispos do Maranhão e do Pará atestam os relevantes serviços feitos à religião e ao Estado por esses missionários, e pedem que lhes sejam enviados mais.
Não posso furtar-me ao prazer de transcrever aqui alguns trechos de vários ofícios desses prelados.
Os dois primeiros (diz o Bispo de Maranhão, falando dos ditos missionários), Frei Doroteu de Dronero e Frei Pedro M. de Blá, chegaram a 20 de maio do ano passado a esta cidade de Maranhão, e depois de anunciarem a palavra divina com grande concurso nesta capital seguiram para o interior da província, e têm exercido o seu ministério apostólico em diversas freguesias, colocadas à margem do Itapicuru. Estou informado que seus trabalhos apostólicos, espalhando princípios de ordem, de justiça, de sociabilidade, têm servido de grande consolação aos fiéis atormentados pelos horrores da anarquia."
"... Posso assegurar a Vossa Excelência para ser presente ao mesmo augusto Senhor (o Imperador), que os dois Missionários Capuchinhos Frei Doroteu de Dronero e Frei Pedro M. de Blá se têm esforçado na pregação da doutrina evangélica na cidade de Caxias, principal teatro das discórdias civis. Os mesmos estão