Nas selvas dos vales do Mucuri e do Rio Doce

dizer que "não tinha sido a esmo que a Providência lhe tinha dado, na pessoa de Frei Serafim, um guia experimentado".

Era uma manhã de janeiro. Frei Serafim, já destinado às missões do Brasil, passeia pelo claustro do Colégio São Fidélis, onde se preparavam os futuros missionários, quando vem a seu encontro um religioso. Ao vê-lo, sente qualquer coisa de insólito dentro de si. O coração lhe diz que aquele pode ser, ou é mesmo, o companheiro que procura para a sua obra. E quanto mais ele se chega, mais imperiosa e nítida se faz ouvir a voz do pressentimento. A dois passos um do outro, sem nunca se terem visto, parecem dois velhos amigos.

Trocam-se palavras de ocasião; Frei Serafim pergunta-lhe o nome.

- Frei Angelo de Sassoferrato - responde o jovem frade.

- Para onde está destinado?

- Não sei ainda, espero que Deus me indique o caminho.

- Iremos para as selvas do Brasil, se me quiser acompanhar.

Frei Angelo, que vê em tudo a mão de Deus, não vacila: com simplicidade e firmeza responde que sim.

- Chamo-me Frei Serafim de Gorízia - diz; e, levando-o à presença do Superior Geral da Ordem, apresenta-o com estas palavras: "Encontrei o companheiro que desejava".

E na verdade a história o comprovou.

* * *

II - A seis de fevereiro de 1872 ambos recebiam das mãos do Superior Geral as "letras obedienciais" em virtude

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