dos Estados. É uma intervenção auxiliar, mas não menos demonstrativa da sua força e da sua eficácia. Raros são os Estados, com efeito, que não hajam sofrido abalos sérios na sua estabilidade econômica; todos eles vivem constantemente sob a ação de crises violentas, que desorganizam por inteiro as condições da sua riqueza industrial. Os Estados do norte, com a borracha e o açúcar; os do sul, com o café e as suas indústrias manufatureiras — todos têm recorrido à União, todos têm sido amparados por ela, todos compreendem que só por si, sem ela, não poderão vencer as dificuldades econômicas que os assoberbam. E isto reforça neles o sentimento da sua dependência para com o grande centro federal.
Há também a ressaltar que o admirável desenvolvimento ferroviário, que acima descrevemos, é todo quase de iniciativa da União, principalmente nos Estados do Norte. Dos 39.310.213 metros de linha em tráfego, em construção e em projeto, existentes no país em 1920, cerca de 31.000.000 pertencem ao governo federal ou foram concedidos por ele; e apenas mais de 8.000.000 são de iniciativa dos Estados(16). Nota do Autor Excetuando certas redes do Pará, Pernambuco e Bahia, todas as estradas dos demais Estados no norte são propriedade ou concessão da União. Da mesma forma, o governo federal está intervindo no melhoramento dos