Através da Bahia – excertos da obra Reise in Brasilien

e Pernambuco, assim como as embocaduras dos rios São Francisco, Real e Sergipe d\'El-Rei, em virtude da crescente obstrução pelas areias, só permitem abrigo a pequenas embarcações.

O trecho da costa, que fica entre a Ilha dos Pássaros e Sergipe, é muito batido e perigoso, especialmente quando sopra o leste.



Magnífico ancoradouro da Bahia

Em todas as estações do ano, encontram-se, surtos no ancoradouro desse magnífico porto, centenas de navios mercantes. Veem-se pavilhões de todas as nações.

Entre eles, frequentemente, os das cidades hanseáticas, que nesses últimos decênios negociam fortemente com a Bahia no comércio do açúcar.

Os navios portugueses são em maior número, vindo depois: os ingleses, norte-americanos, alemães e franceses.

Ultimamente muitos navegantes das Índias também aí aportam para se abastecer de mantimentos novos e fazer aguada. Alguns pilotos não julgam de bom alvitre tocar nesse porto, para não serem estorvados pelo vento, que sopra para o norte, ao longo da costa, nos meses de março e setembro.

Entretanto, os navegantes ingleses das Índias não encontram, atualmente, dificuldade em navegar para o sul, mesmo nos meses desfavoráveis de junho até agosto, pois, em geral, quanto mais se avança para o sul, tanto mais o vento impele para leste.

O número de navios que anualmente entram no porto da Bahia e dele saem, pode ser calculado em mais