Tomamos o último caminho quando deixamos a Vila de Cachoeira, a 27 de fevereiro. Subimos o morro íngreme de Capoeiruçu, em cujo cimo de 700 pés de altura, pouco mais ou menos, sobre o nível do mar, atingimos o planalto seco e montanhoso, através do qual íamos, agora, fazer diversas jornadas penosas.
Geologia
Nas proximidades da vila, a montanha, formada de gneiss de cor amarela e avermelhada, estende-se de norte a sul, com irradiações para nordeste e sudoeste e declina para oeste, em camadas de um pé e meio até dois pés de espessura.
Na base, como em diversas alturas da montanha, observamos no gneiss filões, onde a mica foi substituída pelo ferro oligisto e pela pirite magnética.
Esta pedra, chamada esmeril, é usada pelos habitantes para amolar ferramentas.
Até uma légua distante de Cachoeira, há, dos dois lados das estradas; muitas chácaras, vendas e ranchos de trabalhos dos negros. Veem-se extensas plantações de café, capim, mandioca e de algumas hortaliças.
Feira da Conceição
Depois a lavoura escasseia cada vez mais, até que perto da Feira da Conceição, duas léguas distantes da vila, desaparecem todos os vestígios de uma população industriosa e o viajante, de novo, se acha em pleno sertão.
Pernoitamos nesse lugarejo, formado de pobres choupanas de barro, e nele passamos o dia imediato, para arrumar a bagagem e organizar a caravana.