A nossa expedição foi alvo de viva curiosidade por parte dos mulatos e negros, habitantes desse pequeno povoado, que só estavam habituados a ver na estrada: as boiadas do Piauí.
Acharam mui perigosa a viagem pelo sertão naquela época do ano e nos aconselharam de desistir, porque as chuvas regulares de setembro até fevereiro haviam faltado e, por isso, a carência geral de água havia despovoado as estradas.
Acostumados, porém, como estávamos, a não confiar em tais afirmações, quase sempre exageradas, não mudamos de propósito e procuramos informações exatas sobre os pousos onde pudéssemos encontrar água.
Todas as notícias eram acordes em que precisaríamos fazer uma viagem de sete dias, por terreno quase completamente privado de água, até a fazenda do Rio do Peixe, onde começaríamos a encontrá-la em fontes e riachos e em que somente a teríamos, nos lugares recomendados como pousos, convindo não nos afastarmos do caminho para procurá-la. Afirmaram-nos mais, que não encontraríamos nas caatingas queimadas pastagem para os animais de carga e que a marcha lenta por tão árido deserto poderia ser perigosa para toda a tropa.
Em tais condições só nos restava fazer provisão de milho, de grande quantidade de rapaduras, (com que se costuma em tais circunstâncias mitigar a sede dos animais de carga) e de uma borracha com água para nosso uso.
O distrito, em redor da Feira da Conceição, foi por nós explorado com muito interesse, do ponto de vista botânico.