viagem na mesma noite, por não poder ele nos garantir e por ter caído, havia pouco, uma trovoada a noroeste de Coité, e talvez perto da estrada.
Coité
Resolvemos seguir este conselho, apesar de se terem recusado ao serviço diversos animais nossos e de terem sido dois dos nossos companheiros acometidos de febre violentíssima. Parecia-nos que maior demora nos ameaçaria de uma desgraça geral.
E, na impaciência do desespero, fizemos tocar a tropa. A 1 hora da madrugada paramos em Cisterna, distante quatro léguas de Coité.
Homens e animais estavam esgotados pelo enorme esforço de uma contínua marcha, mas a preocupação do dia seguinte não nos permitiu dormir. Além disso, o arreeiro, vítima de um abatimento mortal, era objeto de nossa angustiosa compaixão.
Ao amanhecer encontramos nossa equipagcem imersa em grande apatia; muitos animais de carga estavam tristes ao redor de nós e outros, dispersos pelo cerrado, andavam a correr perseguidos pela sede.
Nas cisternas não se encontrava uma gota de água. Nós mesmos lambemos o orvalho dos lisos lagedos de granito e reconfortamos os animais com rapaduras.
Dois dos animais não puderam mais nos acompanhar e só a muito custo fizemos seguir os outros.
Quando, finalmente, as nossas dificuldades pareciam ter atingido ao auge, vimo-nos felizmente salvos.