Patos
Na fazenda Patos, onde pernoitamos, os animais encontraram uma pequena poça de água verde, para a qual se precipitaram com avidez.
Animaram-nos com a notícia de que a maior dificuldade estava vencida, porque no lugarejo chamado Coité, seis léguas distantes de Patos, uma fonte abundante manava do rochedo.
Chegamos a esse lugar da promissão na noite de 4 de maio.
Quão grande foi, porém, o nosso terror, quando o vimos de perto!
Horrores da seca
Numa escavação de 12 pés de profundidade produzira-se uma fenda na rocha de granito, onde se achava uma pessoa aparando com uma cuia a água que gotejava.
Mais de 30 pessoas, mulheres e moças, estavam reunidas ao redor dessa fonte do deserto, para descerem por ordem, como determinava o juiz local, que se achava presente, e homens com espingardas, para em caso de necessidade fazerem valer, à mão armada, os direitos dos seus.
Não se podia contar com água suficiente para os animais cansados e, quando pedimos um pouco para as pessoas, obtivemos a arrogante resposta: "Aqui só existe água para nós e não para ingleses vagabundos!"
Um soldado reformado forneceu-nos, por dinheiro algumas medidas de água; nos aconselhou continuar