Através da Bahia – excertos da obra Reise in Brasilien

A fosforescência durava alguns segundos e era mais forte do que na madeira podre, porém menos viva do que a auréola luminosa das flores do díctamo.

Durante o fenômeno o termômetro marcava 20º R. e o eletrômetro de Volta não indicava o menor vestígio de eletricidade atmosférica.

Observando em diversos caules e ramos, obtivemos sempre o mesmo resultado.

Mas, uma hora depois, quando a temperatura baixou a 16° R., o fenômeno não mais se reproduziu.

Até o Rio de São Francisco encontramos a planta em abundância, formando muitas vezes densas e impenetráveis sebes. Depois, não tivemos mais a felicidade de observar a fosforescência e, por isso, chamamos a atenção dos futuros viajantes para o assunto.



Serra da Itiúba

Da fazenda Olhos d'Água, subimos a Serra da Itiúba, cujo dorso atravessamos numa altura de cerca de 200 pés, acima da base da montanha.

A rocha é granito avermelhado, não estratificado, que, às vezes, se transforma em sienito por conter muita horneblenda preta ou esverdeada, encerrando também camadas e veios muito pequenos da mesma substância. A desagregação dá-se sob a forma de grandes pedaços conchóides, escamosos. A estrada passa por sob despenhadeiros abruptos, onde tais rochas, isoladas e desordenadamente dispostas, umas sobre as outras, ameaçam ruir. A propriedade, que tem de tinir fortemente, quando nela se percute, é considerada pelos habitantes como prova de sua riqueza em metal. O som produzido por certos pedaços é realmente tão claro e penetrante, que