hei de defender os meus direitos garantidos pela Constituïção, ainda à custa de todos os meus bens e do sacrifício da minha pessoa".(10) Nota do Autor
Insistindo, o povo não arredou pé: "O mesmo ministério, de forma alguma; isto seria contra a Constituição e contra a minha honra. Antes abdicar..., antes a morte!...".(11) Nota do Autor
É na trajetória retilínea de uma vida assim, que a malignidade sinuosa lobrigou manejos de oportunismo pessoal, duplicidade e traição. E o de admirar é que à turba dos lapidadores de Pedro I, aderissem historiadores sérios, como Manoel Bomfim. Assombra o desabrimento com que, em sua celebrada obra, O Brasil, desanca a dinastia bragantina, arrastando, em sua degradação, a honra do Brasil e as mais legítimas glórias do ciclo imperial. A guerra do Paraguai é, em seu entender, "o crime contra o Paraguai". Ao grande Pedro II ele argue a culpa de se haver servido da corrupção "para reinar como poder incontrastável"; de haver sistematizado "os processos corrosivos dos caracteres"; e de ter presidido e conduzido "toda a subsequente degradação da vida pública, em liberalismo vazio e insincera legalidade".(12) Nota do Autor
O desassombrado desprendimento do primeiro Imperador, sacrificando, em holocausto, a convicções pessoais, uma a uma, todas as vantagens que lhe adviriam da popularidade, até o supremo sacrifício do trono, não arrefeceu a campanha de seus detratores. A resistência às Cortes constituía, nos primeiros momentos, uma temeridade. Assediado pelo povo que, aos brados de independência, lhe pedia assumisse o comando da grande