e confundi-lo com os piores adversários da causa nacional".(13) Nota do Autor
E em outro tópico: "Pedro I é julgado e conhecido, em geral, pelo que facilmente aparecia dos seus gestos; ora, nessa criatura, a exterioridade era justamente o oposto das efetivas qualidades de caráter. Não há dúvida de que, em toda esta aventura, ele se portou como aventureiro — no sentido pejorativo da expressão, pois que, no fundo, ele não era, nem a natureza romanticamente aventurosa, a buscar o imprevisto pelo amor dos riscos, nem o fidalgo cavalheiresco, aceitando as aventuras pelo prazer da empresa. Pelo contrário, era o político calculista, se bem que curto, pois que Bragança, o trameiro aliviado de toda sinceridade, e, com isto, desleal, insidioso, corruptor... Mentindo, cavando, traindo... sempre que tanto lhe convinha aos planos. Mesmo sem tomar em consideração o como ele tangeu daqui o lorpa do pai — soltando-lhe em cima a tropa comprada para o constitucionalismo — só o aprumo com que ele se houve nos dez primeiros meses, de poder, entre o ostensivo antibrasileirismo da soldadesca, e as aspirações independentistas dos brasileiros; só isto o eleva, com destaque, na galeria do que Maquiavel consagra — mestres em "ingannos".(14) Nota do Autor
Não podendo negar atos inequívocos de seu pendor libertário, a conjura armada contra sua glória atribuiu-os a desígnios mesquinhos: o ódio às Cortes e o propósito de agradar os brasileiros para que lhe "dessem o Brasil".
"Chegamos assim, ao termo do segundo ato da farça" - articula o capcioso libelo de Bomfim, contra o Príncipe — "cujo final é o próprio 'fico', estendido