sempre em mostrar-se adesos da monarquia com a dinastia adotada, e intransigentes propugnadores da ordem".(16) Nota do Autor Não havia porque temê-los Pedro I. De conclave solidário com a política do trono, não era de se esperar obra que lhe contrariasse os propósitos. E, de fato, não saiu. O projeto de constituição que os deputados elaboraram era idêntico, na substância, ao que, em substituição, saiu das mãos dos delegados de Pedro I. Do cotejo entre um e outro, para estabelecer essa paridade, Manoel Bomfim rastreia, apenas, diferenças secundárias; nenhuma disposição de que se pudesse vislumbrar o propósito de amarrar o Brasil ao Reino. A conclusão forçosa que da dissolução se deveria extrair, seria pois, que o Imperador consumou o golpe por amar a princípios — a posição da Cisplatina na União, a soma de poderes do trono e a faculdade de cingir com a do Brasil, a coroa de Portugal. Mas a prevenção vislumbrou nesse ato, plano de sujeição do Brasil ao Reino, não obstante a independência proclamada sem restrições.
Antes de receber o golpe mortal do Princípe, a constituinte era, no entender dos Bomfins, uma senzala do bragantismo; José Bonifácio, moço de recados do Reino, em cujo "regaço" se criara.(16) Nota do Autor Quando, porém, tiveram que apurar a responsabilidade do Imperador, seus membros foram sagrados como mártires da prepotência imperial. José Bonifácio, o execrado louvaminheiro de Maria I, "após o esquartejamento de Tiradentes", foi exalçado à posição de "única figura a impor-se ao respeito dos brasileiros".(17) Nota do Autor Por processos semelhantes foi que transformaram nossa epopeia máxima, em inominável "crime contra o Paraguai".