A carreira de Mauá foi longa. Sobreviveu à série de crises brasileiras do terceiro quartel do século. Mesmo a famosa "Crise de Setembro" em 1864, quando "Souto quebrou", não o atingiu(139).Nota do Autor
O fim dessa admirável carreira (em 1875) foi deplorável. O velho Visconde de Mauá teve de ganhar a sua vida mediante pequenas corretagens de câmbio. Depois do colapso do seu Banco, os seus credores não perderam muita cousa. Eles receberam 65% ao fim de 3 anos (1878) e, por ocasião da liquidação completa, o seu dividendo atingia a 94,7% (1882). "Esse resultado foi, talvez, único na história da falência de Bancos no Brasil".(140)Nota do Autor Tal resultado foi conseguido, não obstante a crise geral do país, porque, além de causas especiais, a falência de Mauá constituiu parte de uma série de tragédias financeiras daquela época, visto como tanto o Banco alemão como o Banco Nacional compartilharam da sua sorte.
A importância da atividade de Mauá no desenvolvimento econômico do Brasil é evidente: ele deslocava as fronteiras econômicas do Brasil rapidamente. Estradas e ferrovias significavam ao mesmo tempo portos e cais; e uma vez as estradas de ferro em tráfego, a grande era dos "trabalhos público", que transformou