Os Estados ainda se esforçam por aumentar dessa forma as suas receitas, as quais de outra maneira consistiriam principalmente na taxação das exportações. Esse imposto, embaraçando e dificultando a vida econômica, prejudicando o crescimento das exportações, tornou-se a base da finança dos Estados.
O descontentamento com a legislação orçamentária constitui um fenômeno permanente desde os primeiros anos da República.
As numerosas sugestões de uma reorganização orgânica falharam. O problema tornou-se causa de conflito. A Segunda República promete uma revisão dos princípios acima descritos.
1830 — 1889 — 1930
Essas três datas assinalam verdadeiros marcos na história do orçamento brasileiro.
1830 — a elaboração do primeiro orçamento constitucional; 1889 — o último orçamento do Império; 1930 — o último orçamento da Primeira República, visto que se tornou costume no Brasil, desde a revolução de 1930, designar o período relativo a 1889-1930 como distinto da Segunda República, que teve início com o governo provisório do Dr. Getulio Vargas.
O estudo dos documentos oficiais relacionados com os orçamentos e a situação fiscal do país deixa-nos com a impressão do domínio de um diletantismo profissional entre os políticos mais esclarecidos, inteligentes e capazes. Diletantismo é a principal característica das antigas mensagens presidenciais e dos grossos volumes dos tempos recentes.