É inteiramente impossível encontrar um maior contraste do que entre esses dois homens. O apaixonado brilhante, eloquente, culto, mas divagueante(182)Nota do Autor
Ruy Barbosa; o legislador, o parlamentar, o escritor, o erudito, o diplomata, o guia, o favorito do país, ao qual o Brasil deve um dos seus maiores sucessos no campo da diplomacia internacional — a representaçâo na Conferência de Haya em 1908(183)Nota do Autor
— jamais chegou a tornar-se presidente, mas passou a ser um herói nacional; Joaquim Murtinho, o médico, o especialista em química, calmo, lógico, perseverante, insistente, tornou-se esquecido pelas gerações que vieram após.
Ruy Barbosa nasceu na Bahia, a Virgínia do Brasil, que deu ao país tantos estadistas, como Rio Branco, Saraiva, Zacarias, Cotegipe, e Dantas, o mais preeminente deles.
Ruy Barbosa pertencia à corrente tradicional anglo-saxônica do Brasil. Seu pai, Dr. João José Barbosa de Oliveira, era um apologista do culto dos "modelos ingleses e norte-americanos".(184)Nota do Autor
O jovem Ruy usava os pseudônimos Grey e Lincoln nos nos seus artigos no Jornal do Comércio. "Esses ingleses" era a alcunha desse grupo, ao qual pertenciam Joaquim Nabuco, Rodolfo Dantas e Gusmão Lobo.
"Deus acendeu um vulcão na cabeça de Ruy Barbosa", costumava dizer José do Patrocinio. E agora