Evolução econômica do Brasil

em uma carta ao representante imperial do Brasil em Londres.

Todos os empréstimos, antes de 1858, tinham o propósito de cobrir o déficit, financiar a indenização a Portugal, ou tornar possível o cumprimento do serviço da dívida dos empréstimos anteriores. O empréstimo de 1858 foi o primeiro que se destinou a um fim reprodutivo (continuação da Estrada de Ferro D. Pedro II) e o primeiro que foi liquidado estritamente, dentro dos termos do contrato. O espírito do tempo de Mauá ficou expresso em mais dois empréstimos para a construção de estradas de ferro e outros melhoramentos.

O dinheiro dos Rothschilds ajudou, no caso do Canal de Suez, para mudar a geografia do mundo.

Os Rothschilds não tentaram mudar os caminhos da história; acompanharam as mudanças dos tempos e permaneceram os financiaclores de la Cour da República, compartilhando de seus aborrecimentos financeiros. A situação nunca chegou a se tornar igual à tragédia da crise Baring, causada pelo colapso da Argentina do século XIX, visto como os Rothschilds geralmente enxergavam os meios de procurar a solução dos problemas mediante a cooperação da administração brasileira. Constitui um fato muito raro o devedor conservar um sentimento amistoso para com o credor, como se verifica da atitude expressa por Campos Salles com referência aos Rothschilds: "sem eles seria difícil calcular quão baixo desceria o nível do nosso crédito".(226)Nota do Autor