A vida de Paulo Eiró, seguida de uma coletânea inédita de suas poesias

outra, 54, todas de 1853 e 54, com exceção de uma de 59 ("Estâncias a minha mãe"), uma de 59 ou posterior ("Volta a Deus") e uma de 60 ou posterior ("Evangelho"). As duas primeiras só figuram em uma das cópias, e a última, embora figure nas duas, não está na mesma ordem de colocação, o que faz supor tenham sido incluídas nesta coleção pelo copista ou pela pessoa que mandou fazer as cópias. Acresce que se trata de produções de época muito posterior às "primícias" do poeta. As páginas que restam do caderno autógrafo contêm apenas 16 poesias, algumas incompletas.

CANTOS E PRANTOS. — Esta coleção se encontra num caderno autógrafo — O meu álbum —, de que restam 94 páginas com 41 poesias, todas de 1853 e 54. Delas 16 figuram nas Primícias e três na Lira e Mocidade. O caderno tem, na capa, estes dizeres: Álbum / de Paulo Francisco de Salles / Segunda série Vol. 1º / S. Paulo / 1853 / Na Tipografia manual do Autor / . E, no frontispício: Cantos e Prantos / O meu álbum / Série 2ª / Vol. 1º. Como se vê, essa coleção é a 2ª série do Álbum. Da 1ª série nada resta. Em 1853, tinha Eiró 17 anos.

As poesias de O meu álbum estão muito emendadas, e, provavelmente, foram passadas a limpo em outro caderno. Muitas delas trazem a nota C. e P., o que indica que o poeta as passou para outro caderno, que teria o título Cantos e Prantos. Entre as que não trazem essa nota, está a poesia "Canto de sangue", que não figura em nenhuma outra coleção, e que, na coletânea ora publicada, foi incluída na última parte — Avulsas.

CISMARES DA SOLIDÃO. — Desta coleção, provavelmente de 1854, nada resta, além do título. Na página dos Cantos e Prantos, em que vem a poesia "Realidade", datada de 14 de fevereiro de 1854, de manhã, e cujas duas últimas estrofes estão riscadas, há esta nota: "Vede a substituição no 1º caderno dos "Cismares da solidão", de onde se infere que esta coleção era das maiores, pois constava de mais de um caderno.

LIRA e MOCIDADE. — Como das Primícias, existem duas cópias desta coleção, que compreende 60 poesias de 1854 e 55, com exceção de uma de 53 ("A uns olhos"), uma de 1856 ("Consolo"), uma provavelmente de 59 ou posterior ("Quando?") e uma de 62 ("América"). É de supor que as duas últimas poesias tenham sido incluídas nesta coleção pelo copista, pois "Quando?", na outra cópia, não figura nesta coleção e sim nas Teteias, e "América" é a última poesia da coleção, escrita já na capa de um dos cadernos.

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