BONINAS. — As poesias que restam desta coleção, que deve ser de 1855 ou anterior, acham-se num caderno autógrafo, de que apenas se salvaram algumas páginas com 22 poesias, diversas das quais incompletas, como "Desabafos". O título do caderno é Poesias, e as produções que nele figuram trazem a nota de que pertencem às Bon., Tet., Ador. e Mel., coleções nas quais naturalmente o poeta as incluiu, quando as passou a limpo. Nas páginas autógrafas que restam das Primícias há referência a esta coleção.
TETEIAS. — Como das Primícias e da Lira e Mocidade, existem duas cópias desta coleção, mas, ao contrário das daquelas, evidentemente incompletas, pois só contém 23 poesias. Hoje não é possível saber se o poeta não chegou a completar a coleção, ou se os copistas, por qualquer circunstância, não a copiaram toda. A segunda hipótese parece mais provável, porquanto no caderno das Poesias, de 1855, já há referência a esta coleção, que deve ser da mesma época. Neste último caderno figuram três poesias com a nota de que pertencem às Teteias, e que não foram incluídas nesta coleção. Além do soneto "A Gertrudes", que deve ser de data anterior, pois na outra cópia figura nas Primícias, há nesta coleção quatro poesias que não são de 1855, a saber duas de 59 ("À minha afilhadinha Gabriela" e "Pensamento"), uma provavelmente desse ano ou posterior ("Volta a Deus") e uma provavelmente de 1860 ("Fatalidade"), poesias essas que devem ter sido incluídas na coleção pelo copista, pois "A Gertrudes" e "Volta a Deus" figuram, em outra cópia, nas Primícias, e as demais só se encontram em uma das cópias.
MEL. (MELODIAS?). Desta coleção, que deve ser de 1855 ou anterior, resta unicamente uma poesia ("Coatinga"), que não se encontra em nenhuma outra coleção.
ADOR. (ADORAÇÃO?). Igualmente, desta coleção, que também deve ser de 1855 ou anterior, apenas resta uma poesia ("Ó Cristo!"), que figura também numa das cópias das Primícias.
Estas últimas coleções, às quais há referência no caderno das Poesias, de 1855, o poeta as designa apenas pelas letras iniciais Mel. e Ador., o que, aliás, faz em relação a outras coleções, como Tet. (Teteias), Bon. (Boninas) e C. e P. (Cantos e Prantos).
CREPÚSCULO DOS DEUSES. Deste poema, cuja existência é atestada por uma irmã do poeta, Maria Serafina, falecida nesta capital em 1919, nada se sabe.
É corrente, na família, a tradição de que foram destruídas quatro coleções de poesias de Paulo Eiró, duas, a mandado dos