Cor e mobilidade social em Florianópolis

da distribuição ecológica da população de cor, questionário aplicado à população escolar do ensino médio.

Aventamos a possibilidade de aplicar questionários a setores da sociedade local, com o fim principal de multiplicar rapidamente os dados sobre a situação de contato no presente. Tínhamos já os itens principais, que deveriam ser focalizados por qualquer questionário que elaborássemos. Não possuíamos, contudo, dados que nos permitissem avaliar a que setor da população poderíamos aplicar um questionário com maiores possibilidades de êxito, tanto do ponto de vista da qualidade como da significação dos resultados que pudéssemos obter. Necessitávamos de dados sobre aqueles círculos de convivência social já mencionados, mas de um setor da população que pudesse ser considerado resultante de um corte vertical da pirâmide social. Para isso poderíamos aplicar o questionário em membros de famílias residentes em bairros típicos de cada estrato social, ou então nas escolas. A primeira alternativa foi logo posta de lado, quando consideramos os recursos materiais disponíveis para a realização dessa tarefa, além das dificuldades de seleção de uma amostra aceitável de famílias de bairros classificados segundo as camadas sociais predominantes nos mesmos.

Aplicar o questionário nas escolas foi considerada a alternativa aceitável por duas ordens de fatores. Primeiro, por causa da sua economia. Segundo, porque o conhecimento de alguns caracteres das populações escolares em outras comunidades assegurava-nos que elas se compõem, ainda que em proporções desiguais, de indivíduos pertencentes às diversas camadas sociais.

Restava-nos verificar a que escolares deveríamos aplicar um questionário, que abordaria assuntos tais como baile, casamento, etc. Evidentemente precisaríamos de estudantes que apresentassem um grau de maturidade social tal que fosse possível tomá-los como membros

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