Pedro I do Brasil e IV de Portugal, já agora nem uma nem outra coisa, pois às duas coroas renunciara, havia concentrado as suas forças na ilha Terceira. Em julho de 1832 desembarca em Portugal e à frente de um exército de 7.500 homens, do qual fazem parte os moços voluntários Almeida Garrett e Alexandre Herculano, ocupa a cidade do Porto.
Segue-se uma luta equilibrada, longa, difícil, entre os dois irmãos. Só em 1834 D. Miguel é vencido e deixa a pátria, a que nunca mais voltará.
Logo que os liberais se estabelecem no Porto, quando a sorte das armas é indecisa e a cidade, sitiada, parece por vezes prestes a cair nas mãos dos absolutistas, Queirós volta e é nomeado, em agosto de 1832, membro do Tribunal de Guerra e de Justiça.
No dia 18 de agosto de 1833, um dos oficiais sitiados empenha-se em combate, montando cavalo com que D. Pedro o acabara de presentear. Um atirador isolado reconhece o animal, alveja e mata o cavaleiro, que é o major José Antônio Pereira de Eça. O destino reunira, na mesma cidade, lado a lado nos riscos da mesma guerra, onde certamente se conheceram, o magistrado e o militar que seriam os avós de Eça.
Terminada a guerra, Queirós, em 1834, vê-se novamente eleito deputado. Condenado à morte pelo governo de D. Miguel, é um dos signatários do projeto de lei pelo qual D. Miguel e seus descendentes foram perpetuamente banidos.
Expirado o mandato, volta à magistratura, funciona em diversos tribunais, é elevado à presidência da Relação do Porto. Reconstrói a casa de Verdemilho, encima-lhe a fachada com o brasão de armas que requerera à rainha e esta deferira. É feito conselheiro. Teria tudo para uma velhice calma - se houvesse perdido o interesse pela política.
De novo eram duas as facções em luta, pois os liberais se haviam cindido. Uma, que é a mais conservadora, deseja a manutenção da Carta de D. Pedro: a outra, mais extremada, se empenha em restaurar a Constituição de 1822. Os adeptos da primeira são "cartistas" ou "cabralistas", a última designação tirada do nome dos chefes do movimento, os irmãos Costa Cabral. Os partidários da segunda são chamados "setembristas" (porque logram temporário triunfo com a revolução de setembro de 1836)