Economia e sociedade do Rio Grande do Sul: século XVIII

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A COLONIZAÇÃO

1.1. OS PRIMEIROS POVOADORES

O território do atual Estado do Rio Grande do Sul era povoado primitivamente por indígenas da grande família Tupi-Guarani, entre os quais se destacavam os tape, carijó, arachane e guaianá, que se localizavam ao norte e nordeste. Os guaicurus, com os guenoa, minuano e charrua, a oeste e sul. Foram os dois últimos grupos que tiveram maior influência "na formação do tipo humano a que se daria o nome de gaúcho, legando-nos um certo número de hábitos, objetos de uso e mesmo algumas características pessoais".(1) Nota do Autor

Mais tarde o indígena juntou-se ao imigrante africano na formação étnica sul-rio-grandense, como ocorrera em todo o território brasileiro. Contudo, o percentual de sangue indígena e africano variou de acordo com as regiões. No litoral nordestino, graças ao tipo de atividade econômica, predominou a influência do negro. O mesmo ocorreu no Rio de Janeiro e planaltos centrais, para onde a mineração levou grande número de escravos negros no século XVIII. No Rio Grande do Sul, o negro no teve a mesma influência que em outras áreas do país. As condições sócioeconômicas eram diferentes. A ocupação do território fez-se inicialmente por militares, e por medidas estratégicas. De outro lado, as condições do trabalho (pecuária especialmente) no exigiam o braço africano e além do mais havia a forte concorrência do Rio da Prata na demanda de mão de obra africana. O número de negros teria sido avultado no Rio Grande somente a partir de 1780, em consequência da instalação das charqueadas. O elemento branco seria constituído pelos portugueses da metrópole,

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