Em outras palavras, tropas de voluntários e de recrutas do Rio, de São Paulo, de Minas Gerais e da Bahia ocuparam a terra e com as mulheres desimpedidas iniciaram o povoamento que foi continuado pelo minhoto(*) Nota do Leitor e pelos casais de açorianos e madeirenses. Repetia-se o mesmo expediente sugerido pelos jesuítas para o povoamento do Brasil no século XVI, ao pleitearem a vinda de mulheres de Portugal, mesmo que erradas(20). Nota do Autor Silva Paes achava que da capitania de São Paulo, por ser mais próxima, devia mandar mais gente, mas o núcleo inicial se compõe mais do povo do Rio de Janeiro do que daquela capitania. Aliás, a remessa de recrutas, de casais, de mulheres livres ou moças para o sul foi constante. De lá "vinham apelos com novos pedidos de mulheres..."(21) Nota do Autor
Era a ocupação oficial em marcha, mas ela foi precedida, como já se viu, pela particular que tivera início com a expedição de João de Magalhães que se fixou no porto de São Pedro e "nesse porto, em 1727, foi lavrado pelo escrivão de Laguna um contrato para a passagem do gado"(22) Nota do Autor "Em 1732 e 1733, foram concedidas sesmarias nos campos de Tramandaí, na paragem das Conchas, ao Capitão Manuel Gonçalves Ribeiro, juiz ordinário em Laguna, e a Francisco Xavier Ribeiro", que ali se estabeleceram antes de 1732(23). Nota do Autor
Em 1735, o conde de Sarzedas negou a Francisco de Brito Peixoto as terras ao longo da praia que ia acabar no Rio Grande de São Pedro, porque aí já se achavam povos estabelecidos com fazendas de gado vacum e cavalar "nas distâncias de 45 léguas mais ou menos que há de ter de Tramandaí ao Rio Grande"(24). Nota do Autor De fato, muitos estancieiros localizaram-se entre o Estreito e o Chuí, antes de 1737, e a eles foram concedidas sesmarias de acordo com instruções do governo português datadas de 24 de março de 1736. Entre os estancieiros relacionados em 1739 pelo comandante do presídio, a maioria se fixara antes da ocupação oficial. São eles Domingos Martins, na estância dos Palmares; Francisco de Seixas, na estância da Alagoa; Manuel de Barros, Alexandre de Magalhães, Pedro Romeiro, na estância de São João; José da Silva, na estância da Banda do Arroio; o coronel Cristovão Pereira e Manuel Gonçalves Brandão, na estância do Rincão; Miguel Moreira, na estância de Caiubá; Francisco Xavier Ruiz, na estância do Capão de Caiubá; Domingos Roballo, na estância da Banda de Mirim; Francisco Pinto Bandeira e Pedro Martins, na estância diante do Arroio do Agudo; Fernando Ribeiro, na estância Mangueira, e José Veloso, na estância do Rincão, do coronel Cristovão(25). Nota do Autor
Como uma das finalidades principais da fixação dos portugueses no Rio Grande era estabelecer as comunicações com a Colônia e ao mesmo