A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

E remetia o chefe do Gabinete ministerial a cada um dos conspícuos conselheiros um exemplar impresso dos projetos de Pimenta Bueno, de que manifestamente não se quisera ocupar o gabinete anterior.

Calcados sobre as leis portuguesas de 14 de dezembro de 1854, 24 de julho de 1856 e 29 de abril de 1858, continham os projetos as seguintes propostas principais: liberdade dos nascituros; criação de juntas emancipadoras nas províncias; proibição da separação da família escrava; faculdade de alforria pelo próprio escravo, mediante aquisição de pecúlio; matrícula geral da escravatura no prazo de seis meses; libertação, dentro de cinco anos, dos escravos pertencentes ao Estado; libertação dos escravos das ordens religiosas dentro de sete anos, sendo, desde logo, fixado para eles pequeno salário.

Acudiram à Quinta da Boa Vista, no dia 2 de abril, os Viscondes de Abaeté, de Jequitinhonha, de Itaborahy, de S. Vicente (autor dos projetos básicos), Euzebio de Queiroz, Silva Paranhos (depois Visconde do Rio Branco), Sousa Franco, Nabuco de Araujo, Torres Homem, Barão de Muritiba, além dos