A este tempo, outro acontecimento motiva as apreensões desabafadas no discurso do senador Furtado: incluíra o Imperador, na fala do trono, alusão direta ao projeto que mandara elaborar. Foram estas as suas palavras:
"O elemento servil no Império não pode deixar de merecer oportunamente a vossa consideração, provendo-se de modo que, respeitada a propriedade atual, e sem abalo profundo em nossa primeira indústria — a agricultura — sejam atendidos os altos interesses que se ligam à emancipação".
Satisfazia, assim, o Imperador o compromisso assumido para com os emancipadores da "Junta Francesa".
Levantou-se, na Câmara dos Deputados, ligeira oposição ao trecho do projeto da resposta à fala do trono, relativo ao assunto. Pretendia o deputado Gavião Peixoto, de São Paulo, que se estranhasse a lembrança do Imperador, por inoportuna. Prevaleceu, porém, o projeto da comissão, composta de Sousa Carvalho, Toscano de Brito e J. B. Madureira (respectivamente deputados por Pernambuco, Paraíba do Norte e Bahia), dizendo a propósito: