A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

e, em mais de um lance, o ridiculariza. No gênero severo, há trechos desta espécie :

"Quando um soberano tem as rédias da administração em suas mãos sucede, muitas vezes, que ele não conserva aquela posição neutra que lhe assina a Constituição; que, embora deva ser, como diz Benjamin Constant, apenas o juiz dos outros poderes, se ingira na administração, promovendo a realização de ideias suas, procurando exercer sobre a nação uma tutela às vezes incomoda e funesta. Torna-se parte; perde o caráter de juiz e toma o de ditador".

Da toada irônica há exemplos desta ordem:

"Temos aqui um aparato de despachos imperiais, que obriga os ministros a galoparem para São Cristovão duas vezes por semana, empertigados em uma farda, sobraçando uma grossa pasta de expediente. Em vez de aproveitarem o tempo no estudo de assuntos importantes, consomem cinco e seis horas do dia em futilidades, em fabricarem oficiais da Guarda Nacional, na discussão de questões insignificantes".

Em seguida, alude à "realeza de manto e calção, que pode ser tolerada na Europa, mas brada na América."