Referindo-se ao tópico da fala do trono concernente à escravidão, admira-se de pretender o Imperador ausentar-se, quando se vai resolver "a mais melindrosa das questões que têm agitado o país, porque ela pode subverter a sociedade até seus fundamentos".
Em resposta ao longo discurso, proferiu o Visconde do Rio Branco, perante o Poder Legislativo, as suas primeiras palavras na defesa da missão a que se devotara. Foram sisudas e firmes. Reconhecia a gravidade da questão, mas pensava que já não era tempo de recuar, vistos os reclamos da opinião pública. Demais, as apreensões do orador, desavindo com o Soberano e com os seus correligionários, se lhe afiguravam infundadas. Só seriam perigosos os efeitos da ideada reforma se os opositores a ela se colocassem fora do verdadeiro terreno e se "os mais interessados na sua passagem se desaviessem e não compreendessem bem os seus legítimos interesses". (Esta última frase tanto se podia aplicar aos escravos como aos fazendeiros).
Passou, sem maiores tropeços, o projeto concedendo licença ao Imperador para sair do Império. A 12 de maio foi satisfeita a ansiedade