A escravidão africana no Brasil; das origens à extinção

Araujo, que, discursando no Senado, a 19 de maio, colocara a questão acima das divergências partidárias, pois, sendo a reforma constante do programa liberal, não se lhe podia negar apoio, só pelo fato de vir patrocinada por um ministério conservador.

Outros liberais, seguidores de Zacharias, preferiram formar ao lado dos mais irredutíveis conservadores, atacando o ministério. Tal foi, igualmente, a orientação do orgão do partido.

A 30 de julho apresenta a comissão especial o parecer, subscripto por todos os seus membros: Monsenhor Pinto de Campos, Araujo Lima, Pereira Franco, João Mendes de Almeida e Angelo Thomaz do Amaral.

Fora relator o primeiro, ajudado pelo literato português José Feliciano de Castilho e pelo Visconde do Rio Branco.

Aceitando, sem discrepância, as ideias do Governo, sublinhava, todavia, o parecer o respeito pela propriedade escrava, em termos muito significativos da mentalidade dos emancipadores daquela época, muito diferentes dos abolicionistas com quem nos encontraremos na última fase da campanha libertadora: