de elevado caráter científico e no qual tomaram parte numerosos estudiosos do assunto.(28) Nota do Autor É mais um método de estudo e trabalho que se incorpora ao nosso instrumental de pesquisa para a elaboração das metas que fomos criando com o correr do tempo.
Estes eram os elementos heterodoxos, para alguns até heréticos, com que enriquecemos de novos matizes o nosso pensamento econômico.
Os modernos críticos assim opinam sobre o assunto: "O estruturalismo, até agora, tem funcionado como uma espécie de marxismo de varejo que talvez irritasse o próprio autor de O capital. De fato, suas tentativas são a de fornecer explicações endógenas não para as grandes linhas, mas para os pormenores da história econômica. Compreende-se, por isso, que haja quem diga que os estruturalistas nada mais fazem do que construir teorias obscuras para justificar os desmandos dos Governos de sua simpatia [...] Os remédios estruturalistas recomendados para o Brasil são de inspiração nitidamente keynesiana. Mas a transposição é de uma heterodoxia que talvez horripilasse o próprio autor da Teoria geral."(29) Nota do Autor Vemos assim que o estruturalismo é qualificado como uma espécie de fusão das teorias de dois autores completamente antagônicos, o que nos parece difícil de entender. Outro autor, da mesma linha ideológica, referindo-se mais especificamente ao estruturalismo em relação à história econômica, assinala que: "A história e o pensamento econômicos estruturalistas são postulados na base de fenômenos econômicos de medição precária, geralmente sem apoio da teoria. É impossível afirmar-se que o estruturalismo seja o curso real dos acontecimentos." E mais adiante: "O estruturalismo - na história econômica, na análise econômica e na política econômica - não se situa no curso dos acontecimentos e sim no centro de dogmas, sofismas e idiossincrasias."(30) Nota do Autor Aqui encontramos um julgamento mais definitivo.
Os estruturalistas são ainda acusados de considerar inadequada a teoria econômica geral, exigindo uma teoria própria na formulação de política econômica de países como o Brasil. Com efeito, Raul Prebish, o mundialmente conhecido economista, disse que cabe a nós, homens da periferia, corrigir as teorias dos grandes centros e introduzir nelas os elementos dinâmicos, para aproximarem-se