especiarias ou "drogas do sertão" como denominavam ao cravo, baunilha, salsaparrilha, de cacau, de castanhas, de madeiras, de produtos animais, peles, óleos etc., impulsionou toda atividade para a coleta desses produtos(10) Nota do Autor, relegando a agricultura a um plano incapaz de garantir a própria subsistência local. Essa orientação para a economia extrativa foi mais tarde reforçada, quando processos industriais permitiram a utilização em larga escala do produto por excelência da Amazônia, a borracha.
Nas regiões onde a plantação ou a pecuária constituíram a base da economia colonial, desenvolveu-se um tipo de estrutura social estereotipado na Casa-Grande(11) Nota do Autor, sede de engenhos e latifúndios. Na Amazônia, é pouco acentuada a transição da feitoria colonial para o moderno "barracão" do seringalista ou comerciante. A coleta de produtos naturais, atividade característica dos primeiros tempos de exploração do vale, domina até o presente. A família patriarcal, escravocrata e financeiramente independente da "Casa-Grande", não se desenvolveu na Amazônia, exceto em algumas áreas como a do Delta, onde se registrou um ciclo agrícola de pequena duração, logo sufocado pelas indústrias extrativas(12) Nota do Autor. A posse de latifúndios foi menos importante na Amazônia em geral, predominando a ocupação temporária da terra com o objetivo de explorar-lhe os recursos naturais até a exaustão. O latifúndio nas regiões do interior da Amazônia é um desenvolvimento recente e ligado à indústria da borracha.
Um dos característicos da formação étnica da Amazônia foi o elevado contingente indígena. O índio foi