As elites de cor: um estudo de ascensão social

pelos informantes; alguns destes pareceram ter encontrado, na entrevista, uma oportunidade há muito desejada para expansão de suas queixas e de outros pontos de vista sobre as suas experiências individuais e sobre o problema em geral. O método de entrevistas mostrou-se, ao que parece, muito eficaz, permitindo esperar que a sua utilização em mais larga escala possa trazer novos esclarecimentos ao mesmo assunto.

Quanto ao sistema de notas, as mais importantes destas eram tomadas, abreviadamente, durante a conversa com os informantes; poucas vezes, contudo, foram registradas extensamente durante a entrevista. Os relatórios redigiam-se, com poucas exceções, nas primeiras horas após o encontro.

Outro material muito utilizado na elaboração da monografia foram indicações fornecidas por limitado número de informantes brancos, pessoas consideradas boas conhecedoras das coisas baianas do passado e do presente, e os conhecimentos que tenho do meio, como natural e residente permanente da cidade. Usei, ainda, de notícias, anúncios e comentários editoriais de revistas e jornais diários da cidade, os quais refletem até certo ponto, estereótipos aceitos no meio.

Como uma simples descrição da situação racial baiana não bastaria para a compreensão da dinâmica da ascensão social dos escuros, nem para permitir qualquer tentativa de previsão sobre as tendências do problema, este foi tratado como um processo de mudança e, portanto, encarado

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