pequenos proprietários a maior parte está presente, enquanto dos grandes acontece exatamente o contrário: a maioria que permanece ausente. Nos municípios da classificação oficial da zona cacaueira baiana a gestão dos estabelecimentos pelos proprietários abrange 77,86% do número total, com 64,89% da área e 62,90% do valor da produção, enquanto as geridas por administradores, sendo apenas 19,07% do número total, representam 32,50% da área e 35,68% do valor da produção. Está, pois, bem evidente, que são as fazendas maiores as que são dirigidas por administradores.
2) O EXPORTADOR
Não sendo consumido na zona de produção o cacau tem que ser exportado. E, de fato, o é, sendo que a maior porção da colheita baiana vai para os Estados Unidos. Não são os agricultores, mesmo os mais fortes, que diretamente negociam a sua safra. Operam na zona várias firmas intermediárias, incumbidas de sua exportação e que agem, na maioria dos casos, como verdadeiros bancos, adiantando dinheiro antes da safra, com base na entrega de certo número de arrobas de cacau, após a apanha dos frutos e o preparo das amêndoas. Quase sempre o agricultor cumpre os seus contratos, sendo raro o caso de haver alguém que feche a produção, para depois entregar somente parte ou não entregar nada, vendendo novamente a outro o que já havia vendido antes. O Instituto do Cacau é dos menores exportadores. Houve tempo em que a produção total era-lhe entregue. Mas esse tempo passou e o que hoje se verifica é que várias firmas particulares tomaram-lhe a dianteira, talvez porque sendo ruim o estado de suas finanças, que somente agora se recuperam, não esteja ele em condições de fazer adiantamentos e antecipações de capital, tão do