Um e outro fato nos autorizam a propor uma revisão, com base na realidade econômica atual e nas perspectivas de um futuro próximo. Assim, os municípios da zona do Extremo Sul bem poderiam ser enquadrados como partícipes da zona cacaueira, considerada em sentido mais lato. Essa zona vive, há tempos, da atividade madeireira, do criatório e de outras secundárias, mas sempre produziu algum cacau. A cacauicultura está, agora, ali, em franco progresso. O município de Alcobaça passou, em dois anos, de 23 para 47 mil arrobas. E os outros municípios apresentam avanço também considerável. Só o de Caravelas nada produz. Mas, considerando que o seu porto serve ao escoamento do produto, toda a zona do Extremo Sul pode considerar-se cacaueira também.
No sudeste do Estado, exceção de Jequié e Boa Nova, os outros municípios colhem porções maiores ou menores, mas sempre insignificantes. Não há como querer enquadrá-los na zona cacaueira. E, não por coincidência, aqueles dois são limítrofes da zona oficialmente chamada cacaueira: as condições naturais desta última prolongam-se até boa parte do seu território.
Assim podemos considerar como da zona cacaueira os municípios de Alcobaça, Belmonte, Boa Nova, Canavieiras, Caravelas, Coaraci, Ibicaraí, Ilhéus, Ipiaú, Itabuna, Itacaré, Itajuípe, Ituberá, Jequié, Maraú, Nilo Peçanha, Mucuri, Porto Seguro, Prado, Santa Cruz Cabrália, Ubaitaba, Ubatã, Una e Uruçuca. Da classificação oficial retiramos o município de Cairu, que nada produz e os de Valença e Taperoá, de produção menor que 25 mil arrobas. Desse jeito, não há qualquer ruptura de área territorial a estudar - ela forma um todo e perfeita figura geométrica.
Mas, não é a totalidade do território desses municípios que produz cacau. A faixa produtora não coincide, realmente, com os limites administrativos. É, todavia,