Zona do cacau: introdução ao estudo geográfico

mais prudente tomá-los em globo, a fim de nos beneficiarmos dos dados estatísticos que, a cada instante, seremos obrigados a usar, sabendo, entretanto, que esse um artifício que, se não violenta ou deforma a realidade, pelo menos a amplia um pouco, em favor de facilidades didáticas. Por outro lado ainda não se conhecem, com exatidão, os limites distritais. É interessante observar que se retirássemos da lista dos municípios acima enumerados, o de Jequié que pertence à região do Sudoeste, os demais municípios são, exatamente, os que formam as zonas cacaueira e extremo sul, cujo conjunto é vulgarmente conhecido como o "Sul", daí poder-se confundi-las com a região econômica de produção do cacau. Ambas, aliás, têm quase as mesmas características, diferindo na intensidade de produção. É, também, digno de nota que dos outros municípios produtores de cacau, que não logram entrar na nossa lista, oito pertencem à região sudoeste, que parece não apresentar uma produção maior, inclusive, porque ali vão se tornando mais sensíveis as elevações do terreno, alcançando uma altitude incompatível mesmo com a produção do cacau.

Por outro lado, os municípios por nós enquadrados na zona cacaueira, também se entregam a outro gênero de exploração agrícola, principalmente a criação do gado. É que, neles, as faixas de agricultura, sucedem outras de terreno propício à pecuária e para tal aproveitadas, podendo-se, mesmo, dizer que não há um só município da zona cacaueira, onde também não haja criatório.

Somos, por isso mesmo, obrigados a adotar um critério prático e a conjugar os fatores de ordem meramente geográfica ou econômica que elegeram o sul da Bahia como o principal domínio da produção do cacau, com os limites dos municípios que, ao nosso ver, podem, nela, ser considerados.

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