Ao Dr. Jayme Sant'Iago devo a gentileza de me haver franqueado o livro de controle dos xangôs de Pernambuco, pertencente ao arquivo da seção que dirige na Secretaria de Segurança Pública. Do médico Floriano Barbosa, meu amigo e ex-aluno, atual presidente da Federação dos Cultos Africanos de Pernambuco, recebi, sensibilizado, todo o interesse e toda a boa vontade no sentido de que pudesse realizar as minhas pesquisas. Dele me veio um convite para comparecer a uma das reuniões do Conselho dos 12, na qual tomaram parte os representantes dos babalorixás de Pernambuco. Deste conselho, e com a assinatura dos 12, recebi uma carta de apresentação, em que pediam aos pais e mães de terreiro que não pusessem dificuldades ao trabalho que pretendia realizar.
Sem a cooperação e boa vontade dos pais de santo e mães de santo nada poderia ter feito. E aqui devo destacar alguns nomes: Lídia Alves da Silva, Josefina Guedes, Maria das Dores da Silva, Maria de Lourdes, Severina Antônia Barbosa, Iracema Borba, Eustáquio de Almeida, Manuel Dutra, Antônio Romão, Severino Bezerra, mais conhecido por Severino Oxaguiã. E de modo especial, Apolinário Gomes da Mota, cuja casa frequentei com mais assiduidade, sendo sempre recebido com fidalgo acolhimento, e onde aprendi quase todos os segredos do xangô. Ainda não devo esquecer D. Santa, essa preta velha de ares aristocráticos, talvez pelo hábito de vestir a túnica de veludo encarnado, de empunhar cetro e usar coroa de rainha do maracatu Elefante. E também