Sincretismo religioso afro-brasileiro

tivessem por fim, não digamos conhecer a participação cultural e racial do negro escravo - uma vez que praticamente não foram aventuradas - mas, pelo menos, descobrir os seus lugares de origem, avaliar o seu número e acompanhar a sua distribuição em terras do Brasil.(1) Nota do Autor E isto porque faltavam aos pesquisadores dessa ordem de estudos - os historiadores - os documentos que lhes eram indispensáveis.

Só outro método de estudo poderia, senão resolver inteiramente o problema, pelo menos esclarecê-lo em grande parte. Este seria o método comparativo, método que viria a ser o indicado nas pesquisas da moderna Etnologia. Da Etnologia realmente científica.

"O interesse científico do assunto teria permanecido nulo se não fosse a ação de um legítimo pioneiro dos modernos estudos brasileiros sobre o Negro, o professor baiano Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906).(2) Nota do Autor

Não diríamos que teria permanecido nulo, mas teria sido retardado por um tempo que não se pode precisar e sobretudo teriam escapado certas oportunidades que não voltariam mais.

Coube ao mestre baiano, numa verdadeira antecipação da moderna metodologia etnológica, iniciar o estudo científico do negro brasileiro, com as suas pesquisas na Bahia. Foi ele quem nos deu os primeiros estudos sérios sobre as culturas africanas no Brasil. E principalmente sobre suas manifestações religiosas, folclóricas e artísticas.

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