Mutirão: forma de ajuda mútua no meio rural

mão de obra de que necessitavam." Depois, eles acabaram "gostando da dança" - trata-se, talvez, do fandango - porque havia muita semelhança com as danças tradicionais do país de origem. Um entrevistado japonês, o qual era um dos mais assíduos frequentadores, nos disse:

"As festas terminavam geralmente em danças chamadas chumaré (chimarrete?), em que homens e mulheres dançavam em círculos diferentes, batendo as palmas e os pés. Essa dança tinha muita semelhança com bon-odori da nossa terra natal e, por isso, não encontramos nenhuma dificuldade em participar na fila dos dançantes. De quase, todas as festas participávamos, às vezes indo muito longe, a cavalo."

"O costume de frequentar os bailes de moradores locais continuou "até à época da organização da cooperativa, quando as modas da cidade invadiram a região", acabando com as festas tradicionais. Não há dúvida de que as danças e mutirões serviram para estreitar e acomodar a relação entre os japoneses e os moradores locais.

Informações de outra fonte(10) Nota do Autor revelam a ocorrência de práticas cooperativistas entre japoneses domiciliados em outras zonas paulistas onde uma grande parte dos que se dedicam à agricultura é constituída de nipônicos e seus descendentes.

Na faixa rural dos municípios de São Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, realizam-se por vezes reuniões desse gênero para apressar uma semeadura ou uma colheita em atraso, a elas comparecendo

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