Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

de 85, a viagem à terra natal, e finalmente o advento da república.

Sobre o tão debatido ponto de não ter Ruy sido feito ministro por ocasião da subida de Dantas à Presidência do Conselho — nem uma simples frase em qualquer bilhete. E, no entanto, Jacobina estava a par de tudo o que se passava. A sua amizade com os Dantas era antiga e estreita. De todo o incidente resta somente um apontamento de Jacobina que é o seguinte.

Querendo escrever suas memórias começou ele por fazer um dia, uma espécie de sumário. Os primeiros capítulos estão esboçados. São os que se referem às tradições sobre a família real e imperial, que recolheu quando trabalhou no Paço. Tobias Monteiro citou-os na sua monumental "História do Império". Os últimos porém, nada mais têm senão o título, às vezes lacônico, outras explícito. Sobre o Gabinete Martinho, por exemplo, diz somente: "Queda do Ministério Martinho Campos — parte que nela teve o Saraiva." Mas logo em seguida deixa escapar alguma coisa sobre o Gabinete Dantas: "Dantas reconhecendo o talento de Ruy, e dizendo-o incapaz para o governo". É só. O texto do capítulo nunca foi escrito. É um depoimento telegráfico perante a história. Nem por isso deixa de ser altamente importante.

Sobre a viagem à Bahia somente um trecho de uma carta de D. Francisca Jacobina ao marido, em 4 de Agosto de 1888: "Tu pensas que Ruy foi tratar da eleição?