Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

Mas o certo, diz o Conselheiro Albino, cujas "Memórias" vamos acompanhando, é que desceu em terra "já com sua casaca" e trouxe boas cartas de recomendação. Casou-se com D. Ana Maria, filha de Manuel de Souza e Castro "pessoa estabelecida e bem conceituada na Bahia". Realmente desse ilustre personagem descendem figuras notáveis na história da Bahia, como Madre Joana Angélica, abadessa da Lapa, mártir da Independência na Bahia em 1822, e Dom Rodrigo de São José, monge beneditino, abade do Rio de Janeiro.

Era homem abastado esse sr. Antônio Barbosa de Oliveira. Possuía uma fazenda em Itaparica e um prédio na cidade, defronte do Aljube, comprado por seis contos de réis, no leilão dos bens dos jesuítas. Era ainda proprietário de um cartório judicial e de notas, que comprou no reinado de D. Maria I, por vinte e seis mil cruzados, quantia assaz avultada na época. Permaneceu esse ofício na posse da família por duas gerações ainda, e seu neto Luiz Antônio vendeu-o por seis contos de réis em 1838.

Teve Antônio Barbosa de Oliveira dez filhos, quase todos com descendência. Deles somente seguiremos o mais velho, José; o quarto, Antônio e o oitavo, Rodrigo.

O espírito militar da família, contudo, quase desaparece no continente americano. Do Capitão-de-Mar-e-Guerra, descendem bem poucos homens de armas. Em quase todos os ramos da sua prole, porém, há representantes da nova atividade em que a família se distingue