para saber se eu teria de emigrar ou se podia continuar a ganhar o pão quotidiano para a minha família - recebi deles a segurança de que podia sair de onde estava homiziado, o que fiz e só me resta lamentar a continuação da prisão do meu filho. Não sei se sou prudente em ser franco, mas como V. Ex. apelou para minha honra e lealdade para dizer a verdade, ei-la: esperando que por sua posição elevada junto ao governo me livre dos incômodos que me possam vir do uso que V. Ex. fizer desta minha carta, e nestas condições V. Ex. pode fazer o uso que lhe convier, e ficando certo de que sou sempre com toda a consideração
seu Adm. e am°. obrig°.
Jacobina.
Continuou, porém, Jacobina suspeito e vigiado. A 5 de Dezembro a polícia invadiu‑lhe a casa dando busca rigorosa em todos os seus papéis. Nada encontrando de interessante, a não ser a carta do Snr. Azeredo, que se conhece apenas pela minuta da resposta, deteve-o para averiguações. A família encontrava-se então no Cosme Velho, para onde muita gente se havia retirado, fugindo ao perigo que representava o bombardeio frequente da esquadra. Daí enviou-lhe a mulher as últimas cartas de Ruy, recebidas de Buenos Aires, afim de que pudesse ele justificar-se perante as autoridades. Realmente poucos dias depois era posto em liberdade.