Mocidade e Exílio (cartas inéditas)

Contudo afastou-se da Assembleia, onde não suportaria ouvir insultar os seus parentes, apesar de os ter como adversários políticos.

Transferido ainda para Nazaré, veio ao Rio, assistiu às festas da coroação e chorou ao ver o Imperador, de coroa, manto e cetro, apresentado ao povo pelo Rei d'Armas para ser aclamado. Voltou para a Bahia, onde passou a Semana Santa visitando igrejas, acompanhando uma prima então muito jovem e muito bela. Era Maria Adélia, que viria a ser a mãe de Ruy Barbosa.

Em 1842, porém, foi nomeado Chefe de Polícia no Pará, e para lá seguiu. Mas indispôs-se com o presidente, Rodrigo de Souza da Silva Pontes, por motivo de política e, a 22 de Novembro foi nomeado Desembargador da Relação do Maranhão, cargo que assumiu imediatamente, exercendo-o até Março de 1846, quando veio de licença à Corte.

Aqui, porém, esperavam o jovem magistrado grandes acontecimentos. A sua carreira rápida e esperançosa, sua excelente linhagem e boa posição na sociedade, faziam dele, o que se costuma chamar, um bom partido. E durante um baile que ofereceu o marquês de Valença, no seu palacete da rua dos Inválidos, hoje demolido, e em cujo terreno se construiu a "Vila Ruy Barbosa", seu pai teve graves conferências com o fidalgo anfitrião. No dia seguinte era Albino posto ao par das negociações. O Marquês propunha-lhe o casamento de uma sobrinha sua tutelada. Foi então procurar