todo ou conjunto, não o podemos descrever nas pálidas tintas deste quadro mal esboçado.

A vegetação é copiosa, verde e sussurrante. As montanhas são altas, abruptas e majestosas. O céu é sempre azul, maravilhoso e lindo. O barulho das águas ouve-se ao longe; e os bilhões de gotas em que se desfazem, numa poeira de luz irisada, trazem a atmosfera sempre úmida.

De 200 metros, ou pouco mais, é a queda. Pode dizer-se que o córrego que forma esta cascata é, de todos, embora sua pequena profundidade, o mais importante pelo volume, visto, pouco além de suas cabeceiras, medir já muitos metros de largura. Aumentado de outros na época das chuvas, correndo todos pela iminência ou pelo baixio, em uma só corrente, vencido o empecilho da serra, é o fertilizador dos campos, mantendo a pastagem verde e abundante para o criatório dos gados, onde vivem rebanhos vultosos, fabricando-se de seu leite apreciados produtos.

Adiante da cachoeira, 15 a 20 léguas abaixo, de Porto Real para a frente, o terreno vai caído em rampa, ligeira às vezes, outras fortemente, passando a 600 metros do nível marítimo e a menos ainda, até Pirapora, onde a cota da Central do Brasil acusa 472 metros.

As águas, avolumadas pelos tributários e subtributários que lhe chegam, vão-se, evidentemente, despenhando em corredeiras das quais a mais importante