Bandeiras e sertanistas baianos

é a de Pirapora, sobre a qual está lançada a ponte monumental Independência.

Cinco léguas, à jusante de Pirapora, está a barra do rio das Velhas, ou Guaicuí, hoje de águas limitadíssimas, mesmo sem estiagem prolongada.

O rio vai morrendo como a floresta; as minas não são opulentas como as que seduziram a ambição de Arthur de Sá; a civilização é, talvez, mais selvagem que a barbárie, numa afirmação paradoxal e incompreensível.

O São Francisco banha cinco Estados. Desenvolve sua caudal por quase 500 lagoas, sempre em território brasileiro, recebendo muitos afluentes de uma e outra margem, lançando-se no oceano depois do tombo gigantesco de Paulo Afonso.

Em tamanho pode ser comparado ao Orenoco ou ao Danúbio. Apertado entre as duas cadeias, Mata da Corda e Espinhaço — melhormente Central — aquela a correr-lhe pela esquerda, esta pela direita, desenvolve-se, de começo, de Oeste para Este, em seguida para o Norte, até o 12.° paralelo do hemisfério sul. Inclina-se, depois de receber as águas do rio Grande, na Bahia, para Noroeste até Cabrobó, daí rumando para Sueste até o Atlântico, após a empolgante, soberba e indescritível rival da Niágara, a majestosíssima Paulo Afonso.

Os tributários que recebe são numerosos, mais importantes os da esquerda que os da direita.