no afã de descobrir minas e devassar sertões, mesmo nas Gerais — e nem lhes queremos diminuir a grande valia, não o podendo fazer conscientemente nenhum escritor à luz meridiana — os baianos não lhes cedem um ponto sequer, cabendo, de justiça a estes, como sertanistas, não só a precedência nas entradas, mas a eficiente colonização daquela parte do território da Bahia, depois pertencente a Minas.
É indiscutível a predominância do fator baiano: basta lembrar o resultado logo e logo advindo da abertura da estrada pelo vale do São Francisco, de ordem de D. João de Lencastre, por onde se começou fazer o trânsito e abastecimento do gado e víveres para as minas; e, assim, a do rio das Contas a Tucambira e Cerro do Frio, pelo rio Pardo e Bom Sucesso do Fanado das minas novas do Araçuaí; estrada esta de penetração que servia, como aquela, ao avanço da corrente povoadora, derramando-se pela região compreendida por aqueles pontos e mais o rio Verde Grande e seu afluente, o Gurutuba (primitivamente Gururutuba, corruptela de Cururu-tuba), como por muitos tributários do Jequitinhonha e ribeiras do Jequitaí e das Velhas, atingindo até o rio Doce.