Bandeiras e sertanistas baianos

das pepitas ou dos diamantes, logo dão-se os descobertos de 1840, 42 e 44.

A fonte principal supridora dos "garimpos" é a beira rio, que o é, também, do jaguncismo, na sua variedade de guarda-costas e cangaceiros do nordeste, que se dedicam até o mais completo e absoluto sacrifício ao patrão ou chefe e, para tirar vingança ou forrar uma injustiça, perpetram os crimes da mais hedionda ferocidade.

A permissão para cultivar um retalho de solo, um pedaço de terra regadia, construir uma choupana e viver e tratar da família como lhe for possível, esses favores bastam para tornar o protegido na obrigativa de seguir o patrão nas suas empreitadas de valentia, tomar-lhe a defesa e acompanhá-lo no ataque às povoações, armado e em corpo de guerra, ou exercer, por ele, uma vingança no silêncio da tocaia.

Uma cousa, em troca da vida que arrisca, cabe-lhe: é o direito à sebaça.

Por isso, quando um grupo armado se entrega ao roubo chama-se de sebaceiros. É a pilhagem — sebaça como eles próprios dizem e falam — a posse dos bens do inimigo, ou simples adversário, seja violenta, ou por motivo de abandono na fuga precipitada, quando da arremetida do bando depredador.

Era a terra que justificava o "poderoso em armas", não sofrendo exceção na zona do São Francisco ou a ela lindeira nos tempos ominosos dos