Bandeiras e sertanistas baianos

capitães-mores, como hoje no mandachuva público, senhor de vontade soberana a que nada pode opor-se.

Não se compreenderia um chefe sem comandados; e estes, tanto mais numerosos seriam, quanto mais extenso o latifúndio, onde se agrega o grosso da mestiçagem para o granjeio das fazendas, ou vida fácil de avalentuado e "cacundeiro".

Daí a necessidade que teve o governo central, na impossibilidade de extirpar esses quistos que se formavam no sertão longínquo, de restringir o direito de propriedade, fato que se evidencia pela Carta Régia de 20 de outubro de 1753.

Mas, a criação dos Terços de Ordenanças, das Milícias sertanejas, veio dar muita importância a esses potentados, que tudo faziam para obter uma patente, prova de importância perante o governo; parecendo, assim, que lhe premiava serviços e lhe galhardoava o mérito. Na monarquia e república havia de repetir-se o fato com as patentes da Guarda Nacional.

Os Terços de Ordenança, depois transformados em Regimentos, os de Auxiliares e principalmente os Dragões, serviram grandemente na repressão dos motins e levantes sediciosos na primeira metade do século XVIII, que tiveram por teatro a margem do São Francisco, sendo protagonistas o Padre Santiago — Antonio Mendes Santiago — cabeça dos acontecimentos de Manga e São Romão,