conhecedoras dos mais modernos métodos e técnicas a serem empregados, é que têm o necessário valor científico.
Em segundo lugar, o ponto principal desta análise é ser a sociedade baiana uma sociedade multirracial, cuja estrutura se fundamenta principalmente em distinções de classe, e não de casta.(3) Nota do Autor À medida em que as distinções de classe se ligam a diferenças de cor, ou outras variações raciais, a cor e a raça assumem importância, é claro, na determinação do status. Mas o papel da raça e o da cor, em si mesmos, são secundários.
Se na Bahia a raça fosse critério de maior ponderação na determinação do status, todos os descendentes de africanos, inclusive os que possuíssem apenas algumas gotas de sangue negro seriam - se, é claro, esse fato fosse conhecido - catalogados como "negros" e relegados para um baixo status, situação que se apresenta atualmente, como se sabe, em certas áreas do mundo. No entanto, na Bahia, e também em muitas outras partes do Brasil, há milhares de pessoas em cujas veias corre algum sangue africano e que melhoraram consideravelmente seu status. Aliás, grande número delas exerce papéis de destaque na comunidade brasileira. Como bem diz o ditado baiano, "negro rico é branco e branco pobre é negro". É simplesmente outra maneira de dizer