em uso comum na Bahia; dados sobre o costume e a cozinha de folk, ambos de influência peculiarmente africana; música e baladas de folk; dados sobre a) a idade, b) o estado civil, c) a residência e d) a ocupação dos ogans e das filhas de santo dum centro de candomblé.
Aproveitei as fontes impressas de que dispunha. Li os jornais, à procura de fatos e de indicações de atitudes raciais, prestando especial atenção ao uso que se fazia dos diferentes termos raciais. Examinei os documentos históricos. Considerando-se o seu número e, em muitos casos, a sua condição, qualquer investigação minuciosa desse material exigiria trabalho longo e bem difícil. É um material que está à espera do trabalho paciente e árduo do historiador social. Foram-me especialmente úteis: tratados formais como Sobrados e Mucambos, de Gilberto Freyre, que esboça a transição, no Brasil, de uma ordem patriarcal e rural para uma ordem urbana, com a simultânea ascensão das profissões liberais e do mulato; assim também a sua Casa Grande e Senzala, que põe à disposição do investigador fontes valiosas sobre as relações entre brancos e negros, na era da escravidão; L'Animisme Fetichista das Nègres de Bahia e Os Africanos no Brasil, de Nina Rodrigues, descrições importantes da religião dos negros baianos, duas gerações atrás; O Negro Brasileiro, O Folklore Negro do Brasil e The Negro in Brasil, de Arthur Ramos, que nos fornecem informações bem úteis sobre a cultura do negro baiano atual, bem como dados sobre a participação de indivíduos de ascendência africana na vida intelectual, artística, militar e política do Brasil; A Raça Africana e os Seus Costumes na Bahia, de Manoel Querino, e Religiões Negras e Negros Bantus, de Edison Carneiro, que fornecem dados concretos sobre as formas culturais africanas ainda existentes na Bahia; e várias outras fontes de informação, esparsas aqui e ali.