Doenças Africanas no Brasil

cercarias, dando-se a infestação, nestes casos, pela pele das mãos, dos pés ou de qualquer parte do corpo aí mergulhada.

Adolpho Lutz diz que, depois da penetração da cercaria no organismo, há um período em que a evolução dos schistosomos é pouco conhecida, sendo provável que penetrem logo na torrente circulatória que os leva para diferentes departamentos do corpo, parando depois de um tempo maior ou menor, na circulação da veia porta.

Depois de três semanas, os schistosomos têm atingido o seu estádio terminal de evolução e se tornaram vermes adultos, aptos a procriarem, e, nestas condições, começa um novo ciclo evolutivo pela postura de ovos apiculados lateralmente, os quais iniciam as suas incessantes transformações biológicas até atingirem o estádio de cercarias e de novos schistosomos.

Se tais vermes se servissem do nosso corpo como intermediário definitivo de sua evolução, sem perturbarem a nossa saúde e o nosso bem estar, como sucede algumas vezes, nenhum protesto poderíamos fazer e nem medida profilática de espécie alguma tentaríamos alertar.

Infelizmente, porém, tais hóspedes se tornam muitas vezes, importunos, fazendo as suas vítimas passarem pelas mais insuportáveis provações.