Doenças Africanas no Brasil

o estágio, na água, das larvas saídas dos mosquitos, como um período a salientar na evolução do parasito; e a ingestão destas águas, assim poluídas é que iriam veicular as larvas no organismo humano. Esta teoria, como se sabe, está completamente derrocada e hoje o ciclo evolutivo da filária, melhor estudado, se processa de outro modo, como passarei a mostrar.

Os embriões ou microfilárias ingeridos, por certa casta de mosquitos, com o sangue sugado em doentes acometidos de filariose, chegam até o estômago destes insetos. Aí, no fim de algumas horas, eles vão, aos poucos, se libertando de suas bainhas membranosas, "abandonam o estômago do mosquito, penetram na cavidade do hospedeiro, donde passam para os músculos do tórax onde se detêm por alguns instantes", para, em seguida, se destinarem — um pequeno número para o abdômen, e a maioria para a trompa onde aguardam o momento oportuno para com uma nova picada do mosquito, agora num indivíduo são, inocular-lhe a larva que vai em busca do sistema linfático, para aí alojar-se definitivamente, evoluir, crescer, tornar-se adulto; pôr em efetividade todos os males decorrentes de sua indébita Iocalização naquelas paragens.

É este, afinal, o mecanismo que conduz ao nascimento da elefantíase, da hematúria, da quilúria,